Quis o destino que fosse o Penalva do Castelo a equipa a ficar de fora do grupo dos seis primeiros...ingloriamente e de forma extremamente injusta...!! No encontro de "mata-mata", o Avanca levou a melhor e regelou os penalvenses para o grupo que vai disputar a manutenção!! Apesar do desfecho altamente improvável para o Penalva, que desde o inicio tinha estado no lote da primeira metade da tabela classificativa, tem que se orgulhar de si própria e ter a plena confiança no seu valor para atingir o objectivo da temporada, já que nunca deixar de lutar e acreditar!!!!
Ficha de Jogo:
Sport Clube Penalva do Castelo
1 Bruno Ferrary
4 Diogo Sousa
5 Nelson Cardoso
6 Gamarra
7 Mika Lopes
8 Bruno Loureiro
9 Luís Cardoso
10 Papy
11 Tiago Henriques
17 Faria
23 Sérgio Fonseca ©
Substituições: Gamarra por 14 Chico Pereira (19`) e Tiago Henriques por 19 Djibril Sarr (58`).
Suplentes não utilizados:
12 Vítor Vareiro
3 Manekas
16 Cristóvão
21 Alex Cruz
Treinador: Tótá
X
Associação Atlética de Avanca
12 João Oliveira
2 Miguel Carvalho
4 Tiago Amaral
5 Gamarra
6 Veiros
7 Miguel Ângelo
10 Bruno Cerqueira ©
18 Luís Bornes
19 Marco Abreu
21 Marmelo
22 Óscar Lopes
Substituições: Bruno Cerqueira por 24 João Couras (64`), Óscar Lopes por 9 João Pedro (80`) e Marmelo por 20 Nuno Reis (85`).
Suplentes não utilizados:
1 Luís Resende
3 Pedro Pesquina
17 Jolinha
25 Cris
Treinador: Nuno Resende
11 Março 2012
Jogo no Parque Desportivo de Santa Ana, em Penalva do Castelo.
Assistência: cerca de 250 pessoas
Árbitro: Pedro Costa (A.F. Braga)
Auxiliares: José Caldeira & Rui Rodrigues
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Marmelo (2`)
Acção disciplinar: Cartão Amarelo para Gamarra Avanca (13`), Gamarra Penalva (15`), Papy (29´), Marco Abreu (43`), Faria (58´), Bruno Cerqueira (60`), Bruno Loureiro (63), Chico Pereira (63´), Mika Lopes (84`) e João Oliveira (88´).
Jogo decisivo para ambas as equipas, que somavam para esta derradeira jornada da fase regular, o mesmo numero de pontos e ainda garantia incerta se ficavam ou não apurados no grupo dos seis primeiros, aqueles que conferem a manutenção directa na 3ª divisão nacional.
O futebol é feito de impressibilidade, não seria nesta série da 3ª Divisão Nacional ter ficado reservado o apuramento das últimas cinco equipas que acompanhavam o já apurado Académico de Viseu. As decisões finais ficavam assim para o fim, já que o sétimo classificado poderia ainda ascender ao lote dos seis primeiros e deixava os restantes ainda intranquilos.
Curioso seria o facto que todas as equipas dependerem apenas delas para chegar ao seu objectivo, que era ficar no referido grupo e assim garantir a manutenção directa como o direito de disputar os lugares de subida à 2ª Divisão Nacional.
Desafio que provavelmente ninguém queria correr riscos, já que a derrota poderia ser fatal para qualquer uma das equipas.
Quis o destino que estivesse neste encontro, reservada a decisão final, a bem dizer, sair do Parque Desportivo, a equipa que não ficasse apurada para o grupo da primeira metade da tabela.
O Penalva do Castelo foi o colectivo a quem calhou esse azar, e depois de estar desde a primeira jornada num dos seis primeiros lugares, que fosse na derradeira jornada, a formação regelada para acompanhar os restantes cinco últimos, que vão disputar o campeonato dos lugares de despromoção ou descida.
Foi uma espécie de "mata-mata" e quem perdesse ficava por assim dizer com a fava deste campeonato.
Seria certamente impensável no inicio da temporada pensar que 36 pontos não chegariam para ficar entre os seis primeiros, quando na temporada anterior, 30 pontos, chegaram e sobraram e não esquecer a temporada 2009-10, quando apenas 26 pontos perfeitos foram suficientes para se classificar no quinto lugar.
Mas o que fica para a história é mesmo a classificação e aí o Penalva foi a equipa que teve a pior sorte.
Quanto ao jogo, começaríamos por referir que as baixas de parte a parte era importantes, e no caso do Penalva foi Califa e Reuss que não puderam dar o seu contributo por castigo.
E que o Avanca foi mais uma vez um "carrasco" para o Penalva, tal é a sorte e os resultados favoráveis para os avancanenses nos confrontos com os penalvenses.
Uma partida que foi emotiva do principio ao fim, seria de certa forma pouco previsível que o golo madrugador de Marmelo seria o único e responsável pelo afastamento dos penalvenses do seu objectivo principal da temporada e aquele que sempre tiveram nas mãos desde a primeira ronda da fase regular.
Ainda praticamente a frio, o avançado dos visitantes, Marmelo, fica com espaço dentro da grande área penalvense e perante Ferrary, não perdoa. Algum consentimento da defensiva penalvense e como sempre o Avanca, com uma postura muito "cínica" na forma de jogar à espreita do erro do adversário.
Se poderia ser um jogo de muitas cautelas, agora ainda iria ser mais para os lados da formação orientada por Luís Ferreira que em vantagem, se encontrava numa posição privilegiada, não querendo e nem precisando de correr mais riscos.
Cabia ao Penalva então a árdua tarefa de assumir as despesas do jogo, e diga-se, que o fez inteiramente do inicio ao fim e na atitude, em nada se pode apontar a estes esforçados jogadores penalvenses. Não só neste encontro como durante esta fase inicial da temporada.
Um golo que por outro lado também iria certamente ter que alterar as estratégias de jogo e condicionar a acção dos penalvenses.
Sem muito esclarecimento o Penalva estava a tentar reagir e Gamarra, jogador do Avanca com o mesmo nome do penalvense, cometeu falta para grande penalidade.
Bruno Loureiro chamado à responsabilidade e à oportunidade soberana para impor novamente o marcador empatado acusou em demasia essa mesma responsabilidade e não conseguiu desfeitear João Oliveira, ele que se pode afirmar como um dos principais protagonistas do encontro, já que esteve sempre muito decidido e atento entre os postes, evitando por mais que uma vez o golo certo dos penalvenses, como a frente se vai frisar novamente.
Um remate da marca dos nove metros do centro-campista penalvense que não levava a força e a colocação necessária para chegar ao fundo das malhas do guardião do Avanca.
Gorando-se uma excelente ocasião de logo e logo num momento crucial para as ambições do Penalva neste encontro, a tarefa iria ainda tornar-se mais complicada, já que mais nervosismo estava a apoderar-se dos penalvenses.
O Avanca estava contente, certamente, com o resultado e diga-se de passagem que passou praticamente o resto do encontro à espreita e na expectativa da acção dos jogadores penalvenses.
Passando algum tempo monótono, a partir, sensivelmente, dos primeiros 25 minutos, o Penalva melhorou a sua produção e comandou as operações, remetendo por inteiro o Avanca para o seu meio campo, deixando este praticamente a jogar na espreita do contra-ataque.
Muita dinâmica imponha o Penalva, e não teria de ser para menos, já que era a formação que tinha que correr atrás do prejuízo. Justificando já outro resultado, o intervalo chegava sem que o Penalva conseguisse aquilo que mais necessitava e tinha produzido para tal.
O Avanca não arriscou, não atacou muito e por esse motivo não justificou o golo quando mais estar em vantagem ao intervalo. Convém esclarecer que no futebol não existem lições morais e o que conta mesmo são os golos e aí o Avanca esteve melhor, no índice da finalização, e de certa forma é um prémio para a sua extrema eficácia revelada.
O Penalva tinha que fazer mais pela sua vida, se não queria esperar pelos resultados dos outros jogos e estar dependente de terceiros.
O sentido de jogo e disposição em campo, praticamente não mudou no segundo tempo, em que a posse de bola, foi esmagadora para o Penalva. O Avanca contudo chegou com mais perigo nos primeiros instantes.A exemplo foi Miguel Ângelo, que aproveitou, para não variar, um erro ou uma facilidade da defensiva do Penalva, e ficou em boa posição, mas na hora do remate apareceu, mesmo no tempo certo, Faria a desviar o remate que iria criar perigo, para canto.
Era mais um apontamento que se enquadrava com o referido atrás, e é de erros do adversário que o Avanca sobrevive.
O Penalva continuou a batalhar e aos 55 minutos, Bruno Loureiro com um bom trabalho individual coloca o esférico à mercê de Luís Cardoso, que em boa posição atira por cima, ficando o registo de um bom apontamento no ataque penalvense.
Vivia-se o jogo de forma intensa, muito por causa da pressão do Penalva e do querer em dar a volta ao resultado desfavorável.
Os nervos por vezes estavam à flor da pele e alguns lances, a disputa de bola era feita com alguma virilidade a mais.
Ninguém desarmava de chegar ao golo, mas era o Penalva quem mais fazia por isso, deixando o Avanca à espreita do contra-ataque.
Ao tentar fazer as coisas rapidamente, o Penalva não revelava o discernimento e a tranquilidade necessária para ultrapassar a bem constituída defensiva que viajou do distrito de Aveiro, tanto a nível de altura como de atenção.
Era uma busca desesperada pelo golo, que o Penalva tentava a todo o custo chegar à igualdade, que por vezes com balanceamento a mais para o ataque, deixava espaço de manobra e de progressão para o Avanca subir com perigo até à baliza de Ferrary.
É assim, que nasceu um desses lances, que Óscar Lopes, praticamente à entrada para os últimos dez minutos, falhou uma soberana ocasião para marcar o segundo. Conseguindo-se isolar, o avançado forasteiro, com Ferrary pela frente não conseguiu desfeitear o mesmo, já que esteve enorme ao fazer a mancha ao jogador contrário. Logo a seguir, é Tiago Amaral que num canto, cabeceia para fora contudo com muito perigo.
A partir daqui e entrando nos últimos cinco minutos do tempo regulamentar, o Penalva assumiu por inteiro o encontro e o guardião João Oliveira iria se destacar, ao efectuar duas paradas fantásticas no espaço de um minuto à remates com selo de golo do Penalva.
O Avanca defendia como podia e o Penalva tinha-se instalado no último reduto dos visitantes.
Já em tempo de descontos, um dos momentos mais emotivos e de adrenalina do encontro iria pertencer a Luís Cardoso, que arranjou espaço e descaído da esquerda remata desviado do guardião contrário e aqui apareceu o poste, que fez "levantar" o estádio de tamanha frustração ao ver caprichosamente a bola embater no poste quando toda a equipa de Penalva e os seus adeptos ja preparavam para festejar.
Sorte foi um factor que esteve pouco com os penalvenses e pouco depois terminava esta partida desolante para o esforço dos jogadores penalvenses.
Em nada se inferiorizaram ao adversário a não ser na eficácia.
O Avanca ganhava a partida e fazia a festa por ter conseguido o seu objectivo.
O empate daria para as duas equipas festejar, mas o destino assim não quis e uma das equipas ficou para trás da linha dos seis primeiros. Foi essa ingratidão e frustração que o Penalva ganhou neste encontro que saiu extremamente injustiçada pelo resultado.
O Avanca pouco fez para justificar esta vitória e a haver um vencedor neste encontro, esse teria de pertencer por inteiro ao Penalva. No futebol não existem injustiças e o resultado é mesmo o que conta e que vai ficar registado.
E frustrante querer jogar futebol e não apenas preocupar-se em ver os outros jogar e esperar por um erro do adversário para lançar os seus ataques.
O futebol pouco ou nada ganha emotividade com esta forma de jogar, mas não é menos verdade que cabe a cada um jogar da forma que bem entender e que se ajusta mais às suas unidades.
O Penalva pode assim sair orgulhoso deste encontro, que já que dignificou e bem o futebol e procurou sempre chegar ao golo, que acabou por não o conseguir.
Assim é o futebol, mesmo que por vezes não seja bonito de ver. As equipas vivem de resultados e ai o Penalva saiu a perder e mesmo uma igualdade pontual com o Nogueirense, que foi outro dos derrotados da jornada, não chegou para garantir ficar no lote dos seis primeiros.
Em caso de igualdade pontual com apenas uma equipa, mandam as regras analisar primeiro os resultados dos confrontos directos, e aí também existia uma igualdade. Passando ao item três de critérios de desigualdade, a diferença entre golos marcados e sofridos, essa mesmo acabou por fazer toda a diferença entre o Penalva que somou 36 pontos e ficar em 7º lugar ao fim da fase regular e o Nogueirense, que somou também 36 pontos nesta fase regular, ficar em 6º classificado.
As regras assim mandam, e é com elas que temos que contar e nós reger.
É frustrante e injusto, sim. Mas no fundo é futebol. E só não está sujeito a isto quem não anda nestas andanças.
É com confiança e animo que o Penalva deve encarar a segunda fase, que vai disputar com o Oliveira de Frades, Sanjoanense, Oliveira do Hospital, Canas de Senhorim e Valecambrense.
Metade dos pontos vão ser retirados às equipas e existirá mais um campeonato entre elas com duas voltas e todos contra todos.
Os três últimos desta série vão ser as equipas despromovidas aos campeonatos distritais.
Seria azar e injustiça demais para os penalvenses.
Mas no futebol não vale a pena lamentos e agora à que olhar apenas em frente e começar já a preparar da melhor maneira a decisiva fase da temporada.
O valor esse já ficou demonstrado na primeira fase, no qual o Penalva andou em muitas jornadas na liderança e sempre, no grupo dos seis primeiros, mas "tragicamente" acabou por perder um desses lugares na derradeira jornada.
O grande beneficiado da jornada acabou por ser a equipa da Sampedrense, que apenas dependia dela para entrar nos seis primeiros e consigui-o mais uma vez, dando seguimento aos triunfos sucessivos que acumulava.
É de força, confiança e animo que se tem agora de olhar para 2ª fase da temporada, ela que terá o seu inicio agendado para 25 de Março de 2012.
Vamos em frente...:)
Outras Fotografias:
[CinZa]
Vídeo com resumo da partida:
http://www.youtube.com/watch?v=hxZx-ukqWn8&feature=player_embedded
[Vídeo de Daniel Ferreira in SporTViseu]
http://www.youtube.com/watch?v=hxZx-ukqWn8&feature=player_embedded
[Vídeo de Daniel Ferreira in SporTViseu]
22ª e Última Jornada - 3ª Divisão Nacional 2011/12 - 1ª Fase (Fase Regular):
Penalva do Castelo 0 x Avanca 1
Nogueirense 0 x Oliveira de Frades 2
Sanjoanense 2 x Valecambrense 1
Sampedrense 1 x Oliveira do Hospital 0
Canas de Senhorim 1 x Alba 1
Bustelo 4 x Académico de Viseu 1
Classificação após a 22ª e Última Jornada - 1ª Fase (Fase Regular):