Site não oficializado do Sport Clube Penalva do Castelo.
A força penalvense desde 1945 no desporto e no futebol com paixão...

domingo, 2 de junho de 2013

Seniores SCPC 2012-13 (2ª Fase - 10ª e Última Jornada): SC Penalva do Castelo 0 x AD Grijó 2

Penalva do Castelo perde na recta final da temporada e falha lugar de acesso à Taça de Portugal na próxima temporada! No último desafio da fase final, a turma penalvense tinha que vencer mas frente ao consagrado campeão de série e invencível, a exibição não foi suficiente para superar a maior eficácia e maior concistência do Grijó! Terminando em sexto lugar, os penalvenses não se apuraram para a competição rainha na próxima época terminando com uma sabor amargo a temporada que ainda assim terminou dentro das expectativas tendo em conta as dificuldades iniciais e o modelo do terceiro escalão que assim termina para dar lugar ao futuro campeonato nacional, já sem a colectividade de Penalva do Castelo!

Ficha de Jogo:

Sport Clube de Penalva do Castelo
1 Pedro Cruz
21 Joe
5 Alfredo Pinto
23 Sérgio Fonseca ©
2 Tiago Borges
20 Gui
13 Ascenso
8 Rui Santos
22 Egipto
11 Dédé
18 Flávio Cardoso

Substituições: Joe por 12 Joãozito (46´), Ascenso por 9 Zé Henrique (46`) e Rui Santos por 7 Zé Carlos (57`).

Suplentes não utilizados:
99 Bruno Gonçalves
3 Diogo Cunha
10 Miguel Pereira
17 Alex Sousa

Treinador: Rogério Sousa 

X

Associação Desportiva de Grijó
12 Hélder Cardoso
11 Óscar Beirão
20 Bruno Volta ©
23 Batista
13 Artur
6 Pedro Ferreira
8 Bruno Carvalho
7 João Reuss
21 Marmelo
10 Pedro Gabriel
15 Bruno Silva

Substituições: Pedro Gabriel por 18 Pedrinho (57`), João Reuss por 16 Pedro Sá (69`) e Bruno Silva por 9 Manuel Pinto (72`).

Suplentes não utilizados:
1 Miguel
14 Bruno Chaves
5 João Magalhães
24 Marco Pinto

Treinador: Guilherme Baldaia

1 Junho 2013
Jogo no Parque Desportivo de Santa Ana, em Penalva do Castelo.
Assistência: cerca de 150 pessoas
Árbitro: Hélder Pardal (A.F. Santarém)
Auxiliares: Diogo Vicente & Luís Sousa
Ao intervalo: 0-1
Resultado final: 0-2
Marcadores: Marmelo (34`) e Artur (65`).
Acção disciplinar: Cartão Amarelo para Joe (20`), Ascenso (25`), Bruno Carvalho (60`), Alfredo Pinto (64`), Batista (81`), Pedro Ferreira (84`) e Flávio Cardoso (89`).














Na recta final da segunda fase e da temporada, o Sport Clube Penalva do Castelo recebeu o consagrado campeão da série, obtido na ronda anterior, a Associação Desportiva de Grijó.
Quis o destino que os penalvenses terminassem a temporada com quem começaram, quase nove meses depois. Curiosamente o vencedor acabou por ser o mesmo e pela mesma diferença de golos só que com protagonistas diferentes.
Começamos pela importância e o carisma do encontro, que praticamente só interessava aos penalavenses que tinham ainda a possibilidade de chegar ao 5º ou 4º classificados, lugares que davam acesso à Taça de Portugal, depois de já se ter esgotado a possibilidade de atingir os lugares de subida. A turma que viajou do concelho de Vila Nova de Gaia, diga-se bem acompanhado ou por um numero significativo de adeptos que fizeram questão de acompanhar a única equipa da série que terminou sem derrotas, mesmo que já não precisassem de qualquer ponto para atingir o seu objectivo: subida e liderança da série como a coroação de campeão da 3ª Divisão Nacional a par dos restantes lideres das outras séries. Meta que já tinha sido conseguida na ronda anterior.

Praticamente na máxima força, à excepção de Gamarra, o Penalva do Castelo procurava apenas um resultado, a vitória e os respectivos três pontos.
O Grijó já descontraído não tinha nada a perder nem a ganhar, mas mesmo assim jogou da forma como tem feito ao longo desta segunda fase e a partir da segunda metade da primeira fase, quando Guilherme Baldaia assumiu a liderança técnica da formação do distrito do Porto. Uma consistência que não teve comparação com qualquer outra formação ao longo desta fase final, já que os números e a estatisitca falam por si. Apesar de não ser uma formação de deslumbrar o que é mais significativo é a forma como a equipa aborda o jogo e o equilíbrio e união existente.

Assistimos a um primeiro quarto de hora muito morno em jeito de final de temporada onde se notou que o Penalva queria ter a iniciativa de jogo mas não encontrava a sequência desejada no último terço do terreno ou a profundidade necessária para materializar em golo.
O primeiro verdadeiro motivo de interesse junto das balizas surgiu à passagem do minuto 14, com Marmelo a desmarcar-se bem e a ganhar espaço na defensiva penalvense mas o remate foi defendido e bem pelo guardião Pedro Cruz, que se revelou atento e inspirado ao longo de todo o encontro.
Passados quatro minutos, é novamente o Grijó que em contra-ataque fica mais perto de inaugurar o marcador no Parque Desportivo de Santa Ana, desta feita com Reuss a aparecer na cara de Pedro Cruz e o mesmo a voltar a fazer bem a mancha ao ex-jogador penalvense que regressava novamente à casa onde actuou na última temporada.
O Penalva sempre que tentava responder, o Grijó respondia em contra golpe e ao minuto 23, novo lance de perigo iminente de golo para o último reduto visitado. Marmelo, irrequieto na frente de ataque torna a desmarca-se bem, diga-se no limite do fora de jogo ou mesmo para lá, e remata ao poste da baliza local.
A equipa que vestiu toda de branco estava realmente acutilante e o colectivo que veste habitualmente de preto e branco com dificuldades em expor o seu jogo e em segurar a velocidade dos atacantes contrários.
Depois de alguns minutos sem nada de muito relevante, é o Grijó que consegue mesmo marcar. Minuto 34, jogada de insistência de Bruno Carvalho, um incansável jogador do Grijó, pela direita e cruzamento para o interior da grande área onde vai aparecer o "tal" jogador que é de má memória para o Penalva do Castelo aquando actuou com a camisola do Avanca, Marmelo, que solto, tentou e conseguiu um remate acrobático certeiro para o fundo da baliza de Pedro Cruz. Contudo, pareceu nítido que o jogador estivesse em posição irregular na altura do passe.
A equipa visitante passava a estar em vantagem no marcador e o Penalva teria a sua tarefa mais dificultada mesmo que reagisse bem ao golo sofrido e ao minuto 44 beneficia-se de uma soberana oportunidade para marcar. Livre indirecto dentro da grande área por atraso intencional de um jogador do Grijó para o seu guarda-redes assinalado pelo arbitro. Uma espécie de grande penalidade, só que com barreira e Tiago Borges na marcação remata contra a mesma muralha de homens do Grijó a proteger a sua baliza. Na recarga, Alfredo Pinto ainda teve nova chance para rematar com sucesso mas surge novamente um jogador adversário a dar o corpo ao manifesto e assim a evitar que a bola chegasse-se à sua baliza.
Era praticamente a última jogada do primeiro tempo e o intervalo chegava com os forasteiros em vantagem mínima.

No segundo tempo, o técnico Rogério Sousa desde cedo fez duas alterações no sentido de dar mais acutilância e pressão na frente de ataque e é certo que passou a ter mais profundidade mas o último reduto contrária estava bem posicionado e em grande forma para evitar que o Penalva chegasse com perigo à sua baliza e assim empatar a contenda do encontro.
Não houve empate, mas sim, novamente golo do Grijó. Minuto 65, Artur na conversão de um livre directo, não esteve com meias medidas e num remate certeiro consegue colocar a bola no fundo das malhas de Pedro Cruz pela segunda vez.
Ainda mais dificel ou desfavoráveis ficavam os acontecimentos para a equipa do distrito de Viseu. Os nervos aumentavam tal como a ansiedade e a lucidez não foi a mais desejada na hora de chegar ao último terço do terreno adversário. O  Grijó fiel aos seus princípios de jogo e nunca facilitando, continuava a espreitar o erro do adversário e Manuel Pinto criou novamente bastante perigo para os penalvenses ao minuto 76.
Já a entrar nos últimos dez minutos, o Penalva do Castelo sempre consegue se superiorizar ao adversário e num lance de falta de grande penalidade desperdiçou a possibilidade de discutir o resultado até ao apito final. Falta por uma pertença mão de Baptista dentro da grande área e Egipto na conversão do castigo máximo a permitir a Hélder brilhar entre os postes.
A crença nas hostes penalvenses descia drasticamente apesar de uma ponta final de encontro mais decidida e conseguida. Ao minuto 87 valeu novamente Hélder Cardoso, a evitar alterações no marcador, por mais uma defesa em grande estilo a remate de Flávio Cardoso. Uma exibição em grande do guardião do Grijó que por si só dá para entender esta concistência e coerência defensiva revelada que está a vista na classificação.
Eram dados 3 minutos de compensação e a partida não acabaria sem antes o Grijó dar ou demonstrar mais um golpe quase fatal em contra-ataque. Nova posição muito, mas muito duvidosa de um jogador do Grijó que aparece nas costas da defesa do Penalva, na circunstância Pedrinho, que na grande área remata novamente ao poste da baliza defendida por Pedro Cruz.
Estávamos praticamente a chegar ao apito final do encontro, que marcava também o final da temporada. O Grijó vencia novamente em Penalva e os locais saiam sem qualquer ponto que pudesse dar a esperança num lugar de acesso à Taça de Portugal na próxima temporada, já que era o único "prémio" que estava em jogo e acessível à formação penalvense.
Por fim, referir o trabalho da equipa de arbitragem, que foi sem grandes complicações à excepção de algumas posições de fora de jogo muito duvidosas.
Depois de três jogos consecutivos a pontuar, o Penalva do Castelo saia e despedia-se da 3ª Divisão Nacional com um resultado desfavorável. Não há muito mais a acrescentar numa temporada bastante ingrata para a maioria dos clubes deste escalão nacional que não vão ter a possibilidade de se manter por a extinção do respectivo escalão para dar lugar ao futuro campeonato nacional com os três primeiros classificados de cada série, à excepção do pior terceiro classificado mais os clubes que se mantiveram no mesmo escalão e os despromovidos da Segunda Liga profissional.

[Crónica & Ficha de Jogo: CinZa]








[Fotos: CinZa © direitos reservados]

Assim terminou mais uma temporada e de certa forma um fim de ciclo para os penalvenses que à mais de uma década actuavam nos campeonato nacionais (desde 2001), sendo inclusive a equipa do distrito de Viseu, recentemente, à mais tempo consecutivo a competir na nacional de futebol que para a próxima temporada vai ter um novo figurino, terminando o terceiro escalão passando a haver apenas a 2ª Divisão Nacional, que passará a denominar-se futuro campeonato nacional de futebol.
Um agradecimento final a todos os intervenientes, sejam director e indirectos. Foi um prazer estar na "vossa" companhia e um até breve.

Lista de Marcadores Equipa Seniores SCPC 2012/13 (após a 1ª e 2ª Fases):
+ Dédé 7
+ Zé Carlos 5
+ Egipto 5 
+ Gamarra 4 
+ Zé Henrique 4
+ Sérgio Fonseca 3
+ Rui Santos 3
+ Flávio Cardoso 2
+ Diogo Cunha 1
+ Alex Sousa 1
+ Gui 1
+ Miguel Pereira 1
+ Auto-Golos 2


Resultados e Classificação:
 
10ª e Última Jornada - 3ª Divisão Nacional Série C 2012/13 - 2ª Fase (Série Subida):

Estarreja 1 x Salgueiros 4
Alba 1 x Oliveira do Bairro 3
Penalva do Castelo 0 x Grijó 2

Classificação após a 10ª e Última Jornada - 3ªC 2012-13 - 2ª Fase (Série Subida):


Sobem ao campeonato nacional:
1º Grijó
2º Salgueiros 08
3º Estarreja (repescado como um dos 5 melhores terceiros classificados de todas as séries)

Despromovidos com acesso à Taça de Portugal:
4º Oliveira do Bairro
5º Alba

Despromovido sem acesso à Taça de Portugal:
6º Penalva do Castelo