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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Dicas para Desporto: "CONHECER PARA PREVENIR AS LESÕES DO FUTEBOL"

CONHECER PARA PREVENIR AS LESÕES DO FUTEBOL

O futebol é a modalidade desportiva mais popular e com mais praticantes em Portugal, quer com um envolvimento profissional, quer com um compromisso amador federado ou simplesmente de lazer.


O futebol proporciona uma óptima forma de exercício aeróbico e de desenvolvimento do equilíbrio físico, da agilidade, da coordenação e também do espírito de equipa. No entanto é nos futebolistas que se apresenta o maior índice de sinistralidade no desporto, do nosso país.

QUAIS SÃO AS LESÕES MAIS FREQUENTES NO FUTEBOL?

As lesões nos membros inferiores são as mais frequentes no futebol.



Decorrente da prática do futebol, há dois tipos de lesões: as traumáticas, de carácter agudo e as de sobrecarga.

As agudas resultam sempre de um episódio traumático súbito e fortuito e o seu diagnóstico habitualmente é quase imediato.

Exemplos destas lesões são, as entorses do joelho, do tornozelo e do médio-pé, as fracturas da tíbia, da clavícula, da rótula e do antebraço, a rotura do menisco e do ligamento cruzado anterior, a luxação da articulação acrómio-clavicular e a do ombro, as fracturas dos ossos da face, a concussão crâneo-encefálica, os hematomas intra-musculares, o higroma rotuliano, etc.


Por seu lado as lesões de sobrecarga, que são mais frequentes do que as anteriores, têm um processo de instalação mais subtil, evoluem lentamente no tempo, não permitindo frequentemente estabelecer o diagnóstico com facilidade e também não possibilitado uma resposta terapêutica com efectividade acelerada. Resultam fundamentalmente de microtraumatismos de repetição sobre os tendões e músculos, os ossos e as articulações.

Exemplos destas lesões são, a tendinose do rotuliano, as tenovaginites do tibial anterior, do Aquiles e dos isquio-tibiais, a doença da cartilagem da rótula, as fracturas de fadiga do pé e da tíbia, o sindroma compartimental da perna, a isquialgia, a pubalgia, etc.


COMO SE TRATAM AS LESÕES DO FUTEBOL?

O tratamento das lesões agudas pela sua inerente gravidade e quase instantânea impotência funcional que provocam, necessitam de urgente tratamento médico especializado. No entanto um suporte adequado desde o inicio e até à oportuna orientação clínica, é determinante e deverá ser proporcionado pelo massagista, pelo treinador, ou até mesmo por um outro atleta, com estabilização efectiva da área comprometida o melhor possível, pelo que nas lesões num membro inferior, o contra-lateral deverá ser utilizado como elemento passivo de suporte estabilizador e num membro superior, o contra-lateral como elemento activo de estabilização, bem como de imobilização temporária, independentemente de quaisquer outros procedimentos adicionais.

Algumas destas lesões apenas necessitam de tratamento conservador, mas outras requerem tratamento cirúrgico em regime de urgência.

As lesões de sobrecarga necessitam também de ser orientadas por um médico especialista, mas é importante que o atleta tenha a noção, de que para solucionar adequadamente lesões deste tipo, a regra base deverá ser sempre: assim que surjam os primeiros sinais clínicos, a redução imediata na intensidade, na duração e na frequência da actividade desportiva, deverá ser a norma. Na sequência deverão ser revistas as normas e a técnica de treino com o seu treinador ou preparador físico. Para dissipar a sintomatologia álgica normalmente associada às lesões de sobrecarga, apenas está indicada a utilização da crioterapia ou do paracetamol, que nunca de um anti-inflamatório.


COMO PODEMOS PREVENIR AS LESÕES NO FUTEBOL?

A prevenção das lesões agudas deve fazer-se respeitando: as normas gerais e as limitações pontuais da modalidade durante o jogo ou durante o treino, o fair-play com os outros futebolistas, o aquecimento e bem assim o arrefecimento, um regular programa de estiramento musculo-tendinoso em associação com um treino proprioceptivo global dos membros inferiores.
O atleta deve aprender a conhecer o seu corpo, de modo a não ter a tentação de ultrapassar as suas capacidades morfo-funcionais.


Quanto à prevenção das lesões de sobrecarga, esta deve fundamentar-se sempre na adaptação adequada do atleta á sua modalidade. Este é sempre o primeiro procedimento a ter em conta, não só para possibilitar um bom desempenho, mas também para prevenir as lesões mais frequentes. Definitivamente, a prevenção destas lesões deve apoiar-se num programa de treino adequado e no bom senso do atleta e do treinador ou preparador físico, no desenvolvimento do mesmo. A pressão destes, no sentido do treino excessivo terá que ser anulada.


O treino “inteligente” e uma preparação física adequada para uma melhoria do fortalecimento e desempenho musculares, da flexibilidade e da proprioceptividade, deverá centrar-se num compromisso diário para os profissionais e de desenvolvimento regular para os amadores.
O adequado balanço hidro-electrolítico, com um programa estruturado de hidratação para os períodos de treino, de prova e repouso, é relevante para ajudar a minimizar o estabelecimento de lesões de sobrecarga.


Sempre que surgirem sinais de alarme, sinalizadores de uma eventual lesão, a suspensão imediata da actividade deverá ser a norma e a avaliação por um especialista a regra.


“ O futebol é uma doença do joelho “

" QUEREMOS UM DESPORTO SEM LESÕES PARA OS NOSSOS JOVENS "

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