Sport Clube Penalva do Castelo: Seniores SCPC 2012-13 (1ª Fase - 22ª e Última Jornada): Oliveira do Bairro SC 1 x SC Penalva do Castelo 0

Penalva do Castelo sofre derrota tardia em Oliveira do Bairro no último desafio da primeira fase, mas consegue um lugar nos seis primeiros classificados e evitar automaticamente a descida aos distritais de futebol!!

Ficha de Jogo:

Oliveira do Bairro Sport Clube

1 Marco Santos
2 Gonçalo Bem-Haja
4 Jorgito
7 Alexis
10 Daniel Fontes
11 André Aranha
12 Paulo Costa ©
22 Rui Castro
25 Leandro Tavares
28 Hugo Paulo
20 Cílio Souza

Substituições: Hugo Paulo por 23 Mauro Pereira (39`), Gonçalo Bem-Haja por 8 Miguel Tomás (46`) e Alexis por 26 Rafael Santos (70´).

Suplentes não utilizados:

16 Gonçalo Santos
6 Zé Miguel
14 Gilberto
27 Ricardo Oliveira

Treinador: Óscar Mendes

Sport Clube de Penalva do Castelo

99 Bruno Ferrary
3 Diogo Cunha
5 Alfredo Pinto
6 Gamarra
7 Zé Carlos
13 Ascenso
18 Flávio Cardoso
20 Gui
21 Joe
22 Egipto
23 Sérgio Fonseca ©

Substituições: Zé Carlos por 9 Zé Henrique (62`), Egipto por 2 Tiago Borges (78`) e Ascenso por 17 Alex Sousa (90+1´).

Suplentes não utilizados:

12 Bruno Gonçalves
10 Miguel Pereira
12 Joãozito

Treinador: Rogério Sousa

10 Março 2013

Jogo no Estádio Municipal de Oliveira do Bairro, na cidade de Oliveira do Bairro.

Assistência: cerca de 300 pessoas

Árbitro: Gonçalo Martins (A.F. Guarda)

Auxiliares: Bruno Alexandre & Cláudio Durães

Ao intervalo: 0-0

Resultado final: 1-0

Marcadores: Cílio Souza (89`).

Acção disciplinar: Cartão Amarelo para Gamarra (33`), Rui Castro (41`), Jorgito (55`), Cílio Souza (56`), Zé Carlos (58`) e Ascenso (71`).

Término da fase regular do campeonato, em Oliveira do Bairro, onde se disputava um desafio de crucial tal como decisiva importância para o Penalva do Castelo, como também para os locais, no que se refere aos objectivos das duas colectividades que por curiosidade vestem de preto e branco tradicionalmente.
No municipal do "coração" da região da Bairrada, ambas as equipas entravam com os seis primeiros classificados em mente, tendo os penalvenses vantagem à entrada para a ronda final, no qual o Oliveira do Bairro teria que vencer "forçosamente" para ainda almejar o grupo da primeira metade da tabela classificativa, sendo que aos penalvenses servia o empate ou na pior das hipóteses, que o União de Lamas não vencesse o seu encontro com o Grijó, para assim assegurar e disputar o campeonato da promoção na segunda fase da temporada desportiva.

Inicio da partida com muitas cautelas de parte a parte, sendo natural e sabendo que ambas não poderiam ariscar demasiado em virtude não comprometerem a sua ambição para a classificação final.
Os índices de concentração encontravam-se assim elevados, proporcionando um desafio com intensidade mas sem grandes rasgos de emotividade junto das balizas, excepção feita para os lances de bola parada. Os holofotes em termos individuais estavam concentrados sobretudo, por banda dos bairrantinos, em Cílio Souza, um atleta de nacionalidade brasileira prestes a completar 37 anos, mas que é um jogador ainda a fazer a diferença nesta formação, dada a sua experiência e classe, não fosse contar com um vasto currículo em campeonatos profissionais. Por banda dos penalvenses, era Flávio Cardoso, o jogador que conseguia dar mais profundidade ao ataque do Penalva do Castelo.
Assim sendo, no primeiro tempo tivemos um Oliveira do Bairro com mais iniciativa de jogo e com mais remates à baliza mas que o Penalva do Castelo anulou e bem com uma defesa bem estruturada.
Praticamente a primeira e única verdadeira situação de golo nos primeiros 45 minutos, surgiu já perto do intervalo, com Alexis a rematar ao lado, num lance que tinha boas condições para rematar a contar para o Oliveira do Bairro.
O nulo no marcador, era assim o resultado verificado ao intervalo, de certa forma ajustado e que ia em direcção aos interesses da formação beira-altina enquanto aos falcões do cértima só a vitória interessava.
Pouco risco. Pouca emotividade. Raras oportunidades de golo. Zero golos.

Na etapa complementar, os acontecimentos foram-se alterando com o desenrolar do jogo.
Jogo mais aberto com os penalvenses a aparecerem mais afoitos no ataque. Em consequência, o Penalva criou e beneficiou de duas situação claras de golo. A primeira é originária numa transição rápida defesa-ataque, na qual Zé Carlos ganhou espaço e isolado descaído da direita, atira ao lado quando estava apenas frente a frente com Marco Santos, ao minuto 54. Poucos depois, o jogador penalvense teve que abandonar forçosamente as quatro linhas por uma entrada muito violenta de Mauro Pereira, que é possível ser visualizada numa das fotos anexo ao jogo. Para o seu lugar entrou Zé Henrique, que mais tarde, ao minuto 68, iria estar na origem do segundo desperdício do Penalva numa clara situação para marcar. Depois de um primeiro remate de Ascenso que foi devolvido por Marco Santos e na recarga, Zé Henrique com tudo para fazer o golo, atira ao poste direito. Falhadas as duas melhores situações para marcar durante todo o jogo, o penalvenses continuavam contudo em posição previligiada e de interesse no marcador.
O jogo acalmava em termos de oportunidades de golo mas não de emotividade, que esteve mais presente no segundo tempo em relação à primeira parte.
A formação do distrito de Aveiro revelava muita ansiedade ao mesmo tempo que nós aproximávamos do final do tempo regulamentar. Ao mesmo tempo os nervos cresciam, passando-se a jogar bastante mais com o coração do que com a cabeça, proporcionando um jogo mais directo. Nas bancadas também já se apoderava a descrença em chegar à vantagem, mas o Oliveira do Bairro acabaria por marcar, a um minuto dos 90 regulamentares. Quem mais poderia ser: o inevitável Cílio Souza. O atleta que em parte ficou famoso por marcar um golo ao Benfica na temporada 2002-03 a contar para a Taça de Portugal que assim eliminou os benfiquistas nessa competição, quando actuou com o emblema do Gondomar.
Cruzamento da esquerda do ataque dos locais que foi recepcionado com muita classe pelo atacante brasileiro que frente a Ferrary atirou a contar sem hipóteses para o mesmo.
Era a explosão de alegria no banco dos bairrantinos e nas bancadas enquanto no Penalva se apoderou a apreensão. Tensão máxima até ao apito final onde os penalvenses não baixaram os braços e ariscaram quase tudo em busca do empate mas que não deu os seus frutos esperados.
Terminava a partida com a alegria natural dos locais que assim conseguiam o seu objectivo, voltando aos triunfos quatro jornadas depois e logo na melhor e decisiva altura.
Aos penalvenses restava ouvir e colocar os "olhos" no outro campo onde se jogava um desafio decisivo para o apuramentos dos seis primeiros: União de Lamas x Grijó. A espera do final deste encontro não tardou e o empate a uma bola verificado neste campo em Santa Maria da Feira, interessava à colectividade de Penalva do Castelo que assim também acabou por carimbar a qualificação num dos lugares da primeira metade da tabela classificativa. Apesar do empate pontual entre as três equipas com 31 pontos: Oliveira do Bairro, Penalva do Castelo e União de Lamas, a formula de desempate com a maior pontuação nos confrontos em si, era benéfica em primeiro lugar ao Oliveira do Bairro e depois em segundo lugar ao Penalva do Castelo, sendo que o União de Lamas era a colectividade que ficava de fora do grupo apelidado "VIP".
Era portanto motivo de festejo para ambos os conjuntos e assim os penalvenses também saiam um desfecho final de acordo com os seus interesses, apesar da derrota tardia no último encontro. Por fim uma palavra breve ao trabalho da equipa de arbitragem, que na globalidade foi positiva salvo excepção de alguns lances que poderiam ter e deveriam ter outra acção disciplinar, caso da entrada muito perigosa de Mauro Pereira sobre Zé Carlos e antes deste lance a cartolina a este último jogador, por uma pertença simulação onde ficaram muitas dúvidas se não seria falta e eventualmente uma cartolina amarela ao infractor, na situação Rui Castro.

Parabéns assim ao Penalva do Castelo, que cumpriu com mérito os desígnios ao qual se tinha proposto nesta fase regular e primeira fase da temporada de 2012-13, que passava por evitar a descida autómatica aos campeonatos distritais e assim como ter a possibilidade de lutar com o grupo dos primeiros, os lugares de promoção ao futuro designado campeonato nacional de futebol em Portugal (que vai substituir a 2ª Divisão Nacional).
Um campeonato como se sabe faz-se pela regularidade e aí o Penalva do Castelo realizou uma fase regular positiva e de acordo com o seu mérito, apesar de alguns altos e baixos. 3 golos positivos foram o saldo dos penalvenses nestas 22 jornadas. 31 pontos somados que garantem assim um lugar inteiramente justo no lote dos seis primeiros.
Entre alguns dados curiosos, foram a única formação que não perdeu com o líder da classificação, o Estarreja. São a única e restante formação do distrito de Viseu que ficou ainda com possibilidade de se manter nos campeonatos nacionais de 5 equipas do distrito de Viseu a competir na 3ª Divisão Nacional. Com um objectivo de cada vez, é legitimo dizer que os penalvenses podem ainda lutar por um dos 3 lugares que eventualmente podem dar a subida ou se quisermos manutenção nos campeonatos nacionais, sendo praticamente certo que o Estarreja e o Salgueiros 08 são as duas formações com mais possibilidades de ficar nos dois e primeiros lugares da classificação, aqueles que dão esse prémio automaticamente não esquecendo porém, segundo divulgado pela Federação Portuguesa de Futebol, que o terceiro classificado tem uma grande probabilidade também de obter o prémio da promoção (são repescados 5 dos 6 terceiros classificados nas respectivas séries constituintes da 3ª Divisão Nacional nesta temporada. Não esquecendo porém que existe outra recompensa para o 4º e 5º lugares ao fim da fase final da competição, que passa por ter direito de disputar a Taça de Portugal na próxima temporada a partir da 1ª Eliminatória! Como em tudo na vida, é preciso ter ambição e competitividade mas é certo que com os pés bem asentes no chão. Mais adiante na competição se vai perceber as reais possibilidades dos penalvenses na parte final desta temporada! Para já e seja qual for o desfecho final, os penalvenses tem motivos para estar orgulhosos da sua prestação nesta temporada, mediante as dificuldades iniciais e as expectativas.
A competião sofre agora um paragem, tendo o seu regresso agendado apenas para o dia 30 de Março de 2013, para dar inicio à segunda fase que vai brevemente ser sorteada.
Sport Clube Penalva do Castelo sempre a dignificar o concelho e o distrito que representa!!

[Crónica & Ficha de Jogo: CinZa]