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domingo, 14 de março de 2010

3ª C 2009-10: SC São João de Vêr 2 x SC Penalva do Castelo 2


Penalva do Castelo conquista a manutenção directa!! Empate em desafio pouco conseguido e com muita polémica!! Final do encontro marcado cenas lamentáveis no futebol!!

14 de Março de 2010
Estádio do Sporting de São João de Vêr (São João de Vêr - Santa Maria da Feira)
Assistência de 750 pessoas aproximadamente

Em desafio que contava para a 22ª e última jornada - 1ª fase, a equipa penalvense deslocou-se ao recinto do Sporting de São João de Vêr, equipa do concelho de Santa Maria da Feira. Desafio que fechava a primeira e regular fase do campeonato, na qual estava, naturalmente, em jogo muitas decisões. Assim, desafio que se previa de emoções fortes e de decisões importantíssimas nos objectivos e ambições de ambos os conjuntos, tendo em conta o que ainda estava em decisão, nomeadamente a manutenção directa na 3ª Divisão Nacional. A equipa penalvense, depois do triunfo frente ao Cinfães na última jornada, acedeu ao grupo dos seis primeiros, posição na qual quererá naturalmente manter no fim desta jornada, tendo que para isso no mínimo pontuar, para não fazer contas extra, frente ao São João de Ver, que na última jornada perdeu saiu derrotado do confronto com o Coimbrões, estando a três pontos do grupo dos seis primeiros e do conjunto de Penalva. Estatisticamente, a equipa local, tem o registo de 2 triunfos nos seus últimos 11 desafios e marca à três jogos consecutivos na condição de visitado, estando a realizar uma segunda volta mais irregular do que a sua primeira, enquanto que do lado dos visitantes, O Penalva, perdeu apenas 1 dos últimos 14 desafios, passando já um volta completa desde a última derrota, tendo no entanto empatado 8 dos seus últimos 14 desafios.


Sporting Clube de São João de Vêr alinhou com:
Nuno (Nelson - 84 minutos), Belleti, Xavier, Cancela, Paulinho, Zé Tó, Fredy, Quirino (Zé Luís - 54 minutos), Armando (c) (Diogo Vieira - 65 minutos), Américo e Rui Dolores.
Treinador: Francisco Baptista

Sport Clube Penalva do Castelo alinhou com:
Nuno Morais, Gamarra, Sérgio Pote, Saraiva, Luís Vouzela, Bruno Loureiro, Tó-Jó (c), Vítor Hugo, André Barra (Carvalhinho - 84 minutos), Hélder Rodrigues e Belo (Simões - 73 minutos).
Treinador: Carlos Agostinho

Equipa de Arbitragem:
Árbitro de Jogo
: José Silva (A. F. Braga)
Auxiliares: Vítor Silva e Nuno Paiva

Golos: Hélder Rodrigues (45 minutos) 0-1, Rui Dolores (60 minutos) 1-1, Fredy (67 minutos) 2-1 e Bruno Loureiro (90+16 minutos) g.p. 2-2.

Acção Disciplinar:
Cartões Amarelos - Armando (19 minutos), Rui Dolores (23 minutos), Quirino (40 minutos), Zé Tó (44 e aos 56 minutos), Fredy (63 e aos 90+15 minutos), Diogo Vieira (86 minutos), Sérgio Pote (90+11 minutos) e Nelson (90+11 minutos).
Cartões Vermelhos - directo a Cancela (38 minutos), por acumulação a Zé Tó (56 minutos) e a Fredy (90+15 minutos).

Em tarde de tempo ameno, perante uma moldura humana de louvar, factor à altura da importância do desafio, que em grande parte traçava o destino final desta temporada para os clubes envolvidos, no qual ainda estava em jogo a classificação final de ambos os conjuntos. As equipas entraram em campo sabendo que não podiam cometer erros para assim não complicar os objectivos traçados para esta temporada, e foi assim que as equipas encararam a partida. Um inicio de jogo em que as equipas encaixaram uma na outra, não houve lugar a grandes rasgos de emotividade junto das balizas, sendo o equilíbrio nota dominante. A equipa local, a que mais necessitava de procurar o triunfo, já que aos penalvenses bastava a igualdade para cumprir o objectivo, foi a que mais nervo imprimiu na partida, de certa forma exagerado, com os jogadores e banco técnico a acusarem demasiado nervosismo, no qual resultou a expulsão do treinador do São João de Vêr, eventualmente por protestos exagerados, em que já antes tinha sido já avisado, passava a meia hora de jogo. Mais adiante a primeira inferioridade numérica para os locais, depois de Cancela, a suposta agressão ter sido admoestado com o vermelho directo, isto ao minuto 38. De certa forma, o nervosismo dos locais acabou por beneficiar os visitantes, que aproveitaram um pouco a desorientação emotiva da defensiva, depois de Belo, lançado em profundidade à linha final, cruza para o interior da grande área, onde vai aparecer Hélder Rodrigues a finalizar com sucesso, marcava o relógio o minuto 45.
O intervalo vinha logo depois, com vantagem no marcador para o conjunto penalvense, que melhor eficácia revelou na primeira metade do encontro, marcada por pouca emotividade nas balizas e muita fora das quatro linhas.


Segunda metade do encontro, começa logo com a equipa visitante a beneficiar de uma soberana ocasião para dilatar o marcador, em que Hélder Rodrigues isolado descaído da direita, já dentro da grande área, atira forte demais, passando por cima da baliza. Falhando uma oportunidade para confortavelmente gerir o encontro, a turma penalvense caiu de produção de certa forma inesperada, mesmo beneficiando de mais uma inferioridade numérica dos locais, passava o minuto 56, depois de Zé Tó ver a segunda cartolina amarela.
Se por um lado se esperava que os penalvenses tivessem a sua missão mais facilitada, foi puro engano, já que os locais, sentiram-se interiormente mais unidos e mais fortes, conseguindo assim em 10 minutos, dar a volta ao marcador, em que ambos os lances são origem de bolas paradas. Primeiro, o golo do empate, aos 60 minutos, por Rui Dolores, a remate dentro da grande área beneficiando de um livre indirecto dentro da grande área defensiva dos penalvenses, a castigar atraso intencional, assim entendeu o arbitro, ao guardião visitante seguido depois, do 2º golo, aos 67 minutos, em que uma vez mais os visitantes revelaram uma inexplicável apatia, Fredy responde a pontapé de canto, saltando mais alto que todos, com cabeceio certeiro em terreno que deveria ser do guardião penalvense, dando assim a volta ao marcador. Caída anímica dos penalvenses que ao longo deste período estavam a realizar uma exibição muito pálida, na qual poderia novamente ter sido fatal ao minuto 75, quando Rui Dolores de livre directo, atira à barra, após defesa excelente de Nuno Morais que com uma estirada em grande estilo, evita o que seria mais um mal maior para os penalvenses. Na sequência do respectivo canto, desta feita Diogo Vieira, cabeceia com muito perigo as malhas superiores. Com uma exibição irreconhecível, em comparação com a primeira parte, a turma penalvense não conseguia reagir a desvantagem no marcador, que neste momento poderia por em causa a presença no grupo dos seis primeiros. O desafio aproximava-se do final, sem antes o jogo estar interrompido por duas situações, durante algum tempo, ambas para assistência do guardião local que acabou mesmo por ser substituído. Chegando ao minuto 90, iriam ser dados mais 13 minutos de compensação, podendo se considerar algo exagerados e que acabaram por ser dramáticos. A equipa da casa ia gastando tempo onde podia, inclusive a colocar mais do que uma bola no recinto do jogo, o que acabou por desencadear que o arbitro estende-se o desafio para lá dos 13 minutos de compensação, de certa forma compreensíveis e justificáveis, onde precisamente nesses mesmo minutos ainda haveria tempo para mais uma inferioridade numérica dos locais, a castigar mão indiscutível dentro da grande área dos locais, no qual resultou o segundo amarelo para Fredy e o consequente vermelho, que iria assim originar a respectiva grande penalidade a favor dos penalvenses, que Bruno Loureiro se encarregou de transformar em golo, dando assim o empate no desafio.


Logo de seguida era sentenciado o encontro pela equipa de arbitragem, que após este apito foi o alvo da revolta dos adeptos locais, que reagiram muito mal ao trabalho da equipa de arbitragem, que só teve tempo de correr para o balneário, quando via já adeptos a tentarem invadir o acesso aos balneários e a choverem pedras para a direcção do seu balneário, juntando-se depois um amontoado de adeptos que queriam satisfações da equipa de arbitragem, quando estes já se encontravam dentro do balneário, prontamente repreendidos pelos agentes policiais, que iriam ser seguidamente reforçados. Cenas lamentáveis e condenáveis no futebol, que retiram a essência do futebol, por mais razões que existissem, que brevemente irá prejudicar o conjunto local, pelas multas que dai podem vir a ser aplicadas.


Um empate com sabor amargo para os locais, que quase saiam deste encontro como heróis, depois de estarem com menos duas unidades e conseguirem dar a volta ao marcador, e sabor de sucesso para os penalvenses, que assim garantiram a permanência directa na 3ª divisão nacional e a discussão pelos lugares de subida à 2ª divisão nacional.
A exibição do conjunto penalvense, principalmente na segunda parte, deixou muito a desejar ou esteve muito longe do que já foram capazes de demonstrar em outros desafios, acabando por ser felizes, mesmo que tivessem perdido este encontro, tinham assegurado a permanência no grupo dos seis primeiros classificados. A equipa local, essa ficou pelo grupo dos seis últimos, e irá agora discutir a permanência ou despromoção dos campeonatos nacionais.
O trabalho da equipa de arbitragem fica inevitavelmente ligado a decisões polémicas no desenrolar da partida, demonstrando um critério muito rigoroso, em mais prejuízo dos locais, tendo no entanto boas decisões e muita coragem que desencadeou os já referidos muitos protestos dos locais.

[CinZa]

Resultados da 22ª e Última Jornada 3ª C 2009-10 Fase Regular:

São João de Vêr 2 x Penalva do Castelo 2
Sp. da Mêda 1 x Coimbrões 0
Milheiroense 1 x Sanjoanense 0
Oliveira do Douro 2 x Casarense 4
Candal 0 x Fiães 2
Cinfães 0 x Avanca 1

Classificação após a 22ª e Última Jornada 3ª C 2009-10 Fase Regular: