Penalvenses com domínio de jogo...mas com pouca eficácia!!
30 de Agosto de 2009
Parque Desportivo de Stª Ana (Penalva do Castelo)
Cerca de 200 pessoas de Assistência
De volta para a competição oficial, numa tarde de muito calor, ainda em pleno Verão, a equipa penalvense realizava o seu primeiro jogo oficial da temporada 2009-10, competindo para a 1ª Eliminatória da Taça de Portugal Edição 2009-10, em que, por sorteio, defrontava em casa, a equipa do Merelinense FC, que pertence a Associação de Futebol de Braga. Equipa esta que subiu esta temporada, precisamente, ao escalão onde o Penalva do Castelo foi despromovido na temporada anterior (2ª Divisão Nacional).
Assim se previa bastantes dificuldades para que a equipa penalvense conseguir levar de vencida esta equipa que irá competir numa divisão acima da penalvense. Do lado dos pupilos de Carlos Agostinho seria um jogo em que o factor casa podia prevalecer e a vontade e determinação de chegar o mais longe possível nesta competição, que poderia eventualmente dar algum confronto com equipas dos escalões profissionais, mais adiante na competição.
Sport Clube Penalva do Castelo alinhou com:
Nuno Oliveira, André Barra, Rogério Sousa, Saraiva, Vitor Hugo; Luís Vouzela (Dany Santos - 77 minutos), Bruno Loureiro (Sérgio Pote - 65 minutos) e Tó-Jó (c); Paulo Listra, Carvalhinho (Belo - 46 minutos) e Hélder Rodrigues.
Treinador: Carlos Agostinho
Merelinense Futebol Clube alinhou com:
Talaia, Rocha, Diogo, Beck (c), Luís Ferraz (Bié - 77 minutos); Rufino, Cadete (Nani - 90 minutos), Fina; Petit, Mokas e Paulinho Lopes (João Paulo - 86 minutos).
Treinador: Jorge Baptista
Árbitro de Jogo: Renato Gonçalves (A. F. Guarda)
Golos: Paulinho Lopes (1 minuto) 0-1 e Mokas (59 minutos) 0-2..
Acção Disciplinar:
Cartões Amarelos - Rocha (22 minutos), Carvalhinho (36 minutos), Luís Vouzela (66 minutos), Rufino (83 minutos) e Vitor Hugo (84 minutos).
Cartões Vermelhos - Nada a registar.
Ainda mal as equipas se estendiam em campo, a equipa visitante, que viajou do concelho de Braga, inaugurou o marcador, com os jogadores penalvenses ainda a frio, depois de um centro campista do Merelinense colocar a bola para as costas da defensiva penalvense, para a velocidade de Paulinho Lopes, que descaído da direita e já dentro da grande área defensiva penalvense, desfere um remate cruzado, com muita colocação, fora do alcance de Nuno Oliveira, que, como restante equipa, ficaram estupefactos com o golo tão madrugador do adversário, decorriam ainda apenas 35 segundos de jogo, ou seja minuto 1 da partida.
A equipa penalvense tinha assim, que correr atrás do prejuízo, o que, eventualmente condicionou a estratégia de Carlos Agostinho para os primeiros minutos.
A equipa penalvense estava com dificuldades em reagir, dado a boa estratégia táctica que o Merelinense apresentava na partida, só ultrapassada ao minuto 7, com o primeiro remate à baliza contrária, através de Tó-Jó, que rematou fraco, de fora da área, à figura do guardião forasteiro.
Assim, com este mote, a equipa penalvense teve um dos seus melhores momentos no jogo, quando sucessivamente ao 9º, 11º e 13º minutos, construiu boas jogadas de ataque que poderiam ter dado o empate na partida, as duas primeiras por intermédio de Paulo Listra e a 3ª por Hélder Rodrigues, esta mais perto do golo, quando num cruzamento-remate da direita, o guarda-redes contrário defende mesmo em in-extremis ou mesmo já para lá do risco da baliza...ficou essa dúvida para quem assistia à partida.
Aos 16 minutos surge a oportunidade mais clara deste período, novamente para a equipa penalvense, que por este período estava a reagir muito bem ao golo sofrido "prematuramente", quando num pontapé de canto, Tó-Jó recebe e domina o esférico, já frente a frente com Talaia, mas que o mesmo, meio a escorregar, atira "escandalosamente" para fora.
Com a metade da primeira parte a decorrer, a equipa do Merelinense, com muita objectividade no ataque, ia atacando pouco, mas sempre com intenção, pondo em sentido a defensiva penalvense.
A equipa penalvense continuou a carregar, mas estava a pecar no último terço do terreno, a que foi exemplo novamente aos 29 minutos, depois de uma boa insistência de Hélder Rodrigues, dentro da grande área, resistindo este à pressão da defensiva do Merelinense, a arranjar espaço, para um remate perigoso, ao qual Talaia estava atento, desviando para fora.
Sem mais registos de situações de perigo para as balizas, chegava o intervalo na partida, com desvantagem ingrata para a equipa penalvense, que muito ou quanto baste, tinha feito para repor, pelo menos, a igualdade inicial, prevalecendo assim, na partida, a eficácia no jogo, por parte do Merelinense.
Na segunda metade da partida, a equipa penalvense, vinha novamente, com intenção de dar a volta aos acontecimentos, apontando a primeira situação de perigo nas balizas, quando ao minuto 52, Paulo Listra, com remate de fora da área, em que saiu ligeiramente ao lado de um dos postes da baliza à guarda de Talaia.
Aos 59 minutos, sem o muito o justificar, a equipa do Merelinense voltou a marcar, aumentando o marcador para duas bolas a zero, quando numa transformação de um livre directo, a cerca de 30 metros da baliza, Mokas com o pé esquerdo, desfere um remate indefensável para Nuno Oliveira que não conseguiu chegar à bola. Novamente a eficácia a prevalecer no jogo, beneficiando a equipa do Merelinense.
Com a desvantagem de dois golos no marcador, a equipa penalvense desmoralizou um pouco, afectando, principalmente, o discernimento dos jogadores e em que o nervosismo se ia apoderando, enquanto a equipa minhota ia controlando as acções dos penalvenses, que com mais posse de bola, não conseguia penetrar na defensiva do Merelinense.
Pelos minutos finais, a equipa penalvense tentava já, o tudo por tudo, mas faltava discernimento nos momentos chave, a exemplo, foi ao minuto 87, quando Rogério Sousa, num cruzamento, recebe a bola e fica em posição frontal e privilegiada à baliza do Merelinense, mas atira fraco, para as mãos do guardião minhoto.
Colocando já menos homens a defender, a equipa penalvense, viu o Merelinense desperdiçar, uma clara situação de golo, decorria o minuto 89, quando em contra-ataque, Bié fica isolado, frente a Nuno Oliveira, mas a não ter arte nem o melhor engenho para o desfeitear o guardião, rematando por cima da baliza.
Pouco depois, atravessados os 5 minutos de compensação, dados pelo arbitro, que viajou do distrito da Guarda, o apito final, com um trabalho positivo ou regular da equipa de arbitragem, chefiada por Renato Gonçalves.
Assim se despediu a equipa penalvense, da edição deste ano da Taça de Portugal, sem glória nem golos marcados, depois de uma partida com mais domínio de jogo, mas sem a eficácia necessária, que teve o forasteiro, que assim passa a 2ª Eliminatória da Taça de Portugal. Os penalvense começam assim a temporada, da pior maneira, que certamente não desejava.
A Associação de Futebol de Viseu perde assim um dos seus representantes na Taça de Portugal desta temporada.
Na próxima semana, precisamente no dia 06 de Setembro de 2009, a equipa penalvense começa a competição na 3ª Divisão Nacional - Série C, deslocando-se ao recinto do Mêda.