10 de Maio de 2009
Parque Desportivo de Stª Ana (Penalva do Castelo)
Cerca de 550 pessoas de Assistência
Despedida com vitória, insuficiente para a manutenção!! Despedida frustrante com um bom jogo!! Diferença de um golo fez toda a diferença nas contas finais!!
Nesta 10ª e última jornada da 2ª fase (Fase da Manutenção/Descida), a contar para a época desportiva da 2ª Divisão (época 2008\2009), encontraram-se, mais uma vez nesta época, para o último jogo da época, a equipa local, Sport Clube Penalva do Castelo, perante a equipa do Sport Clube Praiense, que viajou da ilha Terceira (Açores).
Sem dúvida que nesta partida, a equipa penalvense disputava um jogo crucial nas aspirações e objectivos, sendo o jogo que marca uma época, já que estava ainda em jogo a equipa que se mantinha e a que era despromovida.
A equipa penalvense tinha que inevitavelmente ganhar este jogo, pela diferença de 2 golos, para não perder as derradeiras esperanças na manutenção, partida esta que servia como a última chance em busca da tão desejada manutenção, nesta 2ª divisão nacional.
Sport Clube Praiense alinhou com:
André (c), Edmilson, Meta, Tiba, Brito, Marco, Queirós (Miranda - 84 minutos), Sabugueiro, Gabriel (João Borges - 90+2 minutos), Boubacar (Rui César - 74 minutos) e Anísio.
Treinador: José Carlos Santos
Sport Clube Penalva do Castelo alinhou com:
Nuno Morais, Rúben Trigo, Rogério, Saraiva, Vitor Hugo (Carvalhinho - 71 minutos), Gamarra, Tomé, Paulo Listra, Julinho (Bruno Loureiro - 63 minutos), Tó-Jó (c) e Rodrigo (Belo - 71 minutos).
Treinador: Carlos Agostinho
Árbitro de Jogo: Raul Valega (A. F. Porto)
Golos: Paulo Listra (27 minutos) 1-0, Gabriel (67 minutos) 1-1 e Belo (80 minutos) 2-1.
Acção Disciplinar:
Cartões Amarelos - Boubacar (12 minutos), Queirós (39 minutos), Saraiva (39 minutos), Sabugueiro (41 minutos), Meta (55 minutos), Gabriel (66 minutos), Marco (85 minutos), Edmilson (88 minutos), Rogério (90 minutos) e André (90+4 minutos).
Com uma assistência de salientar, as equipas entraram em campo demonstrando muito nervosismo, acusando demasiado a importância da partida, em que ninguém obviamente, queria cometer erros , sendo a equipa do Praiense, aquela que melhor entrou na partida, durante os primeiros 10 minutos, em que teve num atraso "deficiente" de Saraiva, que quase ia fazendo auto-golo e num livre directo frontal à baliza de Nuno Morais, levado muito perigoso, com a bola a passar ao lado da baliza, os lances mais perigosos. A equipa penalvense respondeu muito bem, a partir dos 10 minutos, começando a impor o seu jogo, em que criou uma excelente oportunidade, num cruzamento da ala direita, em que Tó-Jó em boa posição, cabeceia ligeiramente ao lado da baliza de André.
Depois de o jogo ficar um pouco "assentado", vai surgir o 1º golo penalvense, da autoria de Paulo Listra, que responde bem de cabeça a um cruzamento da direita, levado à cabo por Ruben Trigo, quando passava o minuto 27 da partida.
Em vantagem, a equipa penalvense continuou em busca do 2º golo, mas até ao intervalo não mais conseguiu chegar com perigo iminente de golo à baliza de André.
A equipa do Praiense, jogando em contra-ataque, ia quase surpreendendo de remates de longa distância, a que é o exemplo, aos 34 minutos, num remate forte de Sabugueiro, fazendo a bola sair ligeiramente ao lado da baliza à guarda de Nuno Morais.
Chegava o intervalo, com o marcador a registar, vantagem para os penalvenses por uma bola a zero, numa primeira metade equilibrada, com mais ascendente da equipa penalvense, portanto aceitando-se bem a vantagem, já que foi a equipa que melhor soube tirar proveito da eficácia.
Segunda parte começa, com sinal mais para a equipa penalvense, logo aos 52 minutos, cria uma jogada de golo clara, na qual começa em Vitor Hugo, que mete na frente para Rodrigo, este a cruzar da esquerda perto da linha de fundo, na qual, vai encontrar Julinho, que à boca da baliza remata bem, para excelente intervenção de André, que assim, negava o golo certo da equipa penalvense.
A equipa penalvense estava a sentir muitas dificuldades em chegar ao tão almejado 2º golo, quando é surpreendida, por um golo do adversário, passava o minuto 67, num contra-ataque bem conduzido por Anísio, este a passar para Gabriel, que de muito longe efectua um remate surpresa, fazendo um chapéu perfeito à Nuno Morais, que um pouco adiantando ficou com certeza surpreendido com o remate portentoso de Gabriel, que assim fazia a igualdade, e complicava ainda mais a tarefa penalvense.
Depois de algumas mexidas nas equipas, o jogo começou a ser jogado mais com o coração que com a cabeça, já que as equipas acusavam o nervosismo da importância da partida.
Ganhou bem a aposta, Carlos Agostinho, ao colocar Belo em campo, já que foi ele, que aos 80 minutos, colocava novamente a equipa penalvense na frente do marcador e alimentava novamente a esperança na manutenção, depois de um bom remate dentro da área do Praiense, com um remate ao poste e batendo ainda nas costas do guarda-redes antes de entrar totalmente na baliza do Praiense.
Com ainda 10 minutos pela frente, a equipa penalvense continuou a sua luta, ariscando mais um pouco nesta fase, no qual poderia ter sido fatal, quando aos 89 minutos, Anisio num bom trabalho individual, remata em jeito de cruzamento direccionado para a baliza, na qual o atento Nuno Morais desvia com mérito, quando a bola levava uma direcção certeira à baliza.
Já sem muito discernimento a equipa penalvense tentava chegar ao golo que lhe valeria a manutenção, encontrando agora uma equipa, já ela mais preocupada em o tempo passa-se o mais rápido possível, esperando desesperada mente pelo apito final, que lhe valeria à manutenção.
O jogo termina, depois de 4 minutos de compensação (dados pela equipa de arbitragem que viajou do concelho de arbitragem do Porto, chefiada por Raul Valega, que realizou um trabalho positivo), com as equipas em estado de espírito diferente, demonstrando ainda muito nervosismo na ida para os balneários, no qual iria ainda provocar uns pequenos desentendimentos entre membros de ambas as equipas, o que veio só confirmar a importância desta partida para ambas as equipas.
Terminava a partida, com a natural frustração da equipa penalvense, que realizou um bom jogo, só que não marcou o numero de golos suficiente para lhe garantir a manutenção. Com os 3 pontos, a equipa penalvense acabou por igualar esta equipa, em pontos, em confronto directo e em diferença de golos marcados-sofridos, só perdendo no 4º item de critérios de desempate pontual, que era na diferença de mais golos marcados, em que o Praiense levava vantagem (11-9), para o coeficiente do Penalva (7-5) e para ainda mais, o coeficiente do Praiense chegava para não descer como 3º pior classificado das 4 séries de manutenção da 2ª Divisão Nacional.
Assim, a equipa penalvense despede-se da 2ª Divisão Nacional, com um sabor muito amargo, já que ficou bem patente que a equipa poderia ter alcançado outro final mais positivo...mas prontos, o futebol é assim mesmo...e a vida continua, destinos diferentes para as equipas, e demonstrando, obviamente, que o campeonato faz-se ou decide-se pelo seu todo e não por um jogo apenas.
Quando à equipa do Praiense, não sendo superior à do Penalva acabou por ter algum sorte durante esta 2ª fase e quem sabe, alguns "empurrões" extras.
O futebol do distrito de Viseu, perde assim um importante representante na 2ª Divisão Nacional, juntando-se assim a equipa do Nelas, que já tinha o seu destino traçado a algumas jornadas atrás, que é a 3ª Divisão Nacional. Fica a esperança que para a próxima época, se renovem esperanças num bom campeonato para ambas as equipas (Penalva do Castelo e Nelas).
Resultados da 10ª e última Jornada 2ª C - 2ª Fase (Manutenção/Descida):
SC Penalva do Castelo 2 - SC Praiense 1
SC Oliveira do Bairro 1 - Eléctrico FC 1
Folgou: SL Nelas
Classificação após a 10ª e última Jornada 2ª C - 2ª Fase (Manutenção/Descida):
